Ela (Poesia de Alexandre Braga)

Ela é delicada como as flores,

tem perfil de bailarina:

enquanto dança, suas mãos se movimentam

com a mais pura leveza;

quando me abraça,

nossas asas

se abrem

e, de repente, começamos a dançar uma orquestra,

a orquestra que o amor

nos ensinou.

Seu beijo suave

é a chave

para a minha felicidade.

Apesar de frágil, como toda mulher, serve de abrigo,

para esse poder maior, que é feminino,

ora adormecido,

ora prestes a despertar,

mas, com sua grandeza, sempre transformando o mundo,

transformando todos os homens em meninos

e todas as meninas em mulheres.