quinta-feira, 29 de setembro de 2022

A Estrada Tortuosa (Poesia de Alexandre Braga)


Eu sigo devagar,
com cautela,
tentando atravessar
aquela estrada cheia de elevações,
repleta das curvas sinuosas
que lhes são próprias.

Desço pelo par de montanhas,
e vejo o rosto
daquela bela moça,
gigante e formosa,
e um tanto perigosa,
olhando para mim de cima,
como se adivinhasse meus pensamentos,
mais do que nunca, atentos
à imensidão e à beleza
de sua forma.

Quão tortuosa é aquela estrada!
Além dos de aclives e declives,
ao fim dessa jornada,
me deparo com uma fenda,
por onde duas estradas se bifurcam
e desembocam em planícies,
ilhadas pelo chão.
Bem lá no fundo, me deparo com minhas origens,
onde o amor brotou
e toda a vida existente no universo
se iniciou.

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